14/07/2020 às 12h22min - Atualizada em 14/07/2020 às 12h22min

Empresa desenvolve equipamento permite compostagem acelerada de resíduos orgânicos e utilização de compostos como fertilizante

O objetivo é dar novo destino a dejetos de restaurantes, suinoculturas e até mesmo lodo de esgoto

Redação com assessoria
APTA SP
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Dar um novo destino para sobras de comida de restaurantes industriais, resíduos sólidos de suinocultura e lodo de esgoto. Este é o objetivo da empresa 5 Ecos, que desenvolveu uma máquina para realizar compostagem desses resíduos no período de 24 a 36 horas. A empresa, localizada em Nova Odessa, interior paulista.


Segundo Mariana Helena Pereira, responsável pela 5 Ecos, a empresa desenvolveu um equipamento inédito, com tecnologia totalmente nacional, capaz de reciclar o lixo orgânico de forma acelerada. Com ele é possível transformar o resíduo de restaurantes industriais, produção agropecuária e lodo de esgoto, obtido a partir do esgoto urbano, em um composto orgânico que pode ser usado como fertilizante na produção de alimentos.
 

A reciclagem, ou processo de decomposição, é feita sem odor, sem chorume, sem poluição e reduz o volume do lixo em até 90%, além de reduzir área de pátio destinada a compostagem e logística de revolvimento do composto. O processo de compostagem em pilhas demora 60 dias para a decomposição dos materiais orgânicos e mais 60 dias para a estabilização do composto orgânico.

No mercado há cinco anos, a empresa procurou pelos pesquisadores da APTA em 2018 para melhorar o processo, principalmente de utilização desse composto na agricultura. “Percebemos que o uso do composto não estava sendo empregado com sucesso na agricultura, por isso, e queriamos saber o motivo. As plantas ficavam amarelas e não se desenvolviam”, conta Mariana.

A partir de análises laboratoriais, os pesquisadores descobriram que o motivo estava na quantidade desbalanceada de carbono e nitrogênio, além do excesso de sódio, que causava salinização do solo, dificultando a absorção de água pelas plantas.

“Propomos diversos ajustes para a total automatização do equipamento e para melhorias no processo de compostagem, para adequação do composto final às normas do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) para registro e comercialização de fertilizantes e compostos orgânicos”, explica Edna Bertoncini, pesquisadora.

A empresa, juntamente com o grupo de pesquisa, trabalha agora para submeter um novo projeto à FAPESP para obter financiamento, visando à construção de modelo piloto da máquina, com todas as modificações observadas na primeira fase do projeto, levando em consideração o equipamento e sua automação,  o processo de compostagem para entregar ao mercado um produto de qualidade e eficiente, auxiliando a reduzir os resíduos orgânicos que vão para aterros sanitários, e reutilizando-os de forma sustentável em solos agrícolas.

 

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