O que é mastite em vacas de leite?
É uma inflamação mamária que atinge as glândulas. Além de causar dor, proporciona grande impacto na produção de leite. O animal fica apático e com comportamento alterado. Por isso, a Boi Saúde sempre orienta aos produtores a conhecerem bem seus bovinos, pois o primeiro sinal de comportamento diferenciado, pode indicar que a saúde não está bem.
Qual a incidência da doença no Brasil?
Ataca 30% do gado leiteiro no Brasil. É um dos índices mais altos da pecuária mundial.
Prejudica a produção de leite?
Sim, estudos recentes indicam que a mastite prejudica até 45% da produção leiteira.
O leite produzido por uma vaca com mastite pode causar impactos na saúde humana?
Sim. Como é causada por bactérias e fungos que ficam no úbere, o leite, ao passar pelo local, pode ser contaminado.
Pode causar impacto financeiro na propriedade?
Pode sim. Entre os motivos estão: custos com medicamentos, diminuição da produção leiteira, maior custo de produção. E em alguns casos, o descarte das vacas, quando a doença não é diagnosticada a tempo de ser tratada.
Quais são os fatores de risco?
Por ser transmitida por bactérias, as vacas ficam bastante vulneráveis à mastite. Tanto que é uma das principais doenças que acomete o gado leiteiro. Isso se deve a grande exposição a ambientes não limpos corretamente. Outro fator é manejo executado de forma errada.
Como age no organismo da vaca?
As bactérias são as principais causadoras da mastite. Porém, outras causas transmissoras podem ser vírus e fungos que proliferação a infecção.
Sintomas
Quais são os sintomas?
A febre é um sintoma inicial da mastite. Quando o produtor perceber que o animal está mais quente que o habitual, principalmente no focinho, pode já fazer uma análise das mamas. Caso o úbere esteja avermelhado, com características de inflamação, pode ser realmente mastite. Além disso, a produção de leite não só cai, como também o líquido pode apresentar pus ou sangue.
Quais os tipos da mastite?
A doença se apresenta de duas formas: a clínica e a subclínica. A clínica, que é a mais fácil de se diagnosticar, causa alterações visíveis no leite. Ou seja, o produtor poderá identificar a doença logo na manifestação dos primeiros sintomas, além da febre. O úbere também é afetado e ganha uma forma irregular. A perda de apetite, fraqueza, desidratação também são sintomas.
Já a mastite subclínica tem uma diagnóstico mais difícil, que geralmente ocorre mais tardiamente. Isso se deve a não apresentação de sintomas visíveis e perceptíveis ao produtor. A única manifestação mais evidente é a queda na produção de leite. Infelizmente, é a forma que mais se manifesta no Brasil. Os dados de óbito são altos, chegam a 70% das vacas acometidas.
Pode acometer apenas um teto?
Sim. Como o úbere é formado por quatro tetos, que funcionam de forma independente, um deles pode ser contaminado e os outros não. Por isso, assim que identificar a inflamação em um único teto, não espera a manifestação nos demais para agir.
Como prevenir a mastite em vacas de leite?
Como a maioria das doenças que atingem os bovinos, a prevenção da mastite é feita no cocho. O uso de suplementos que fortalecem o organismo do animal, evitando bactérias de diversas origens, auxiliam de forma prática o produtor.
Como tratar?
Atualmente, o mercado farmacêutico veterinário dispõe de vários medicamentos de fácil uso e com soluções rápidas. Pomadas antibióticas podem ser aplicadas direto no local afetado, inclusive, dependendo da marca, em uma única dose. Já a substância ciprofloxacina também é responsável pelo tratamento. Pode ser utilizada em bovinos considerados de alta produção de leite. A aplicação deve ser feita por três dias seguidos. Porém, sempre indicamos que o produtor consulte seu veterinário de confiança para, além de diagnosticar a fase da mastite, também prescrever e orientar o melhor tratamento para o caso.
Mantenha sempre a higiene no curral
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A prevenção em toda a propriedade deve se feita de que forma?