A entrega das autorizações acontece a partir das 10h30min, na Praia do Cedro, onde estão fazendas de produção de algas e uma unidade de pesquisa da Epagri. Estarão presentes representantes da Epagri, o prefeito de Palhoça Eduardo Freccia, o secretário de Maricultura e Pesca do município, Flávio Martins, além dos maricultores contemplados e outras autoridades do setor.
Excelente fonte de renda
Alex Alves dos Santos, pesquisador da Epagri/Cedap, explica que a produção de macroalgas vem se firmando como uma excelente fonte de renda para maricultores do Estado, que pode ser comercializada na condição de biofertilizante ou para produção de carragenana, usada como espessante pelas indústrias química e alimentícia.
Há mais de uma década, Epagri/Cedap e UFSC desenvolvem estudos para viabilizar a produção da macroalga em Santa Catarina. Em 2009 começaram os cultivos experimentais em Florianópolis, que depois se estenderam para os municípios de Governador Celso Ramos e Penha. Tais ampliações eram condicionantes para a liberação dos cultivos comerciais, impostas pelo Ibama, órgão licenciador de espécies exóticas.
Segundo Marcelo Ramos, extensionistas da Epagri no município, a licença ambiental foi expedida pela Fundação Cambirela do Meio Ambiente de Palhoça (FCAM), com a participação técnica da Epagri, da Secretaria de Aquicultura e Pesca (SAP) ligada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), e Secretaria Municipal de Maricultura e Pesca.
Infraestrutura pronta
Edson de Quadra, também extensionista da Epagri em Palhoça, relata que maricultores locais estão ansiosos para iniciar a produção comercial de macroalgas. Um bom exemplo é José Joscelino da Silveira, que já investiu em equipamentos e outras infraestruturas que para iniciar assim que possível a produção de biofertilizante a partir da nova matéria-prima, com vistas a atender os agricultores da região.
A macroalga é nativa de regiões tropicais do continente asiático, como Indonésia e Filipinas, que são os maiores produtores mundiais. Por ser de uma região mais quente, ela não consegue se reproduzir sozinha no Brasil, onde a sua propagação é vegetativa. Isso representa uma importante segurança ambiental, pois garante que a espécie exótica não vai se reproduzir descontroladamente.
No Brasil, os plantios e replantios são realizados com pequenos ramos retirados do vegetal. Os ramos rebrotam e crescem em ciclos que variam de 30 a 60 dias, dependendo da época do ano. No verão os ciclos são menores e vão aumentando à medida que esfria.
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