24/01/2022 às 10h43min - Atualizada em 24/01/2022 às 10h43min

Frigorífico paranaense é o primeiro do País a conseguir chancela sanitária Sisbi-POA

Com a autorização a agroindústria amplia o mercado consumidor para todo o território brasileiro

Redação com assessoria
AEN PR

 

A experiência com pescados começou em 1991 para a família Pini, de São João do Ivaí, no Vale do Ivaí. Dois anos depois, a propriedade recém-comprada iniciou as atividades com foco em produção e engorda de tilápias para atender a demanda de pesqueiros. Imediatamente, a ideia de uma agroindústria começou a apontar a direção dos negócios. Agora, a Mais Fish é o primeiro empreendimento a receber a chancela Sisbi-POA (Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal) concedida por um consórcio de municípios, o Consórcio Cid Centro.
 

Com isso, os produtos que já eram comercializados nos 30 municípios que compõem a área do Cid Centro poderão romper os limites para atender mercados em todo o território paranaense e no Brasil.


“É a coroação de uma caminhada de 30 anos, oportunidade única para minha família e uma oportunidade para toda a região de ter um produto regional, de ter um trabalho em uma cultura que gera emprego, renda, desenvolvimento para a região, e agora vamos poder mandar para o Brasil inteiro”, comemorou Edilson Pini. Os mercados paulista e carioca estão na visão de curto e médio prazo.




Frigorífico paranaense é o primeiro a conseguir chancela sanitária dada por consórcio.




O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) concedeu, em novembro do ano passado, o Título de Adesão ao Sisbi-POA a oito consórcios de municípios brasileiros, entre eles o Consórcio Cid Centro. Com isso, os produtos registrados pelos Serviços de Inspeção Municipal (SIM) vinculados a esses consórcios podem ser comercializados em todo o território nacional, após cumpridas as exigências higiênico-sanitárias. O frigorífico da Mais Fish foi o primeiro.


Atualmente, a propriedade de Edilson e da esposa, Márcia, já produz de 500 a 600 toneladas de tilápia por ano. Eles continuarão investindo 80% do tempo nessa atividade, com expectativa de implementar novas tecnologias e alcançar pelo menos 800 toneladas ou até 1.500. Mas o casal sabe que, sobretudo na agricultura familiar, é preciso construir, manter e dar seguimento ao trabalho.




Frigorífico paranaense é o primeiro a conseguir chancela sanitária dada por consórcio.
 



Por isso, os filhos Matheus e Vitória participam, com novas visões, planos e ideias, da transição pela qual a organização passa nos últimos anos, deixando de ser piscicultura familiar para se transformar em empresa familiar. Mais recentemente, todos se uniram em torno da construção da planta frigorífica e na adequação aos processos e demandas do Mapa.

 

Com isso, a empresa tem a missão de fortalecer ainda mais o processo de modernização e dar continuidade às parcerias mantidas com universidades estaduais e cooperativas para desenvolver peixes mais saudáveis em sistema mais eficiente. A produção de ração customizada, fruto de parceiras e anos de análise, desenvolvimento e refinamento, resultou em filés de alto padrão e qualidade superior.

 

“Tudo o que é possível mecanizar no abate já está mecanizado, só não mecanizamos aquilo que pode interferir na qualidade do filé”, acentuou Pini.

 

O empreendimento conta com 30 funcionários, entre produção e frigorífico. Com a concessão do Sisbi-POA, a planta frigorífica tem potencial para acréscimo de até 60 funcionários. De acordo com Pini, ao otimizar a capacidade plena, serão processadas de 20 a 25 toneladas de tilápias a cada 24 horas. Isso representa aproximadamente 3 mil toneladas por ano. Ou seja, mesmo que consiga aumentar a produção própria, a empresa ainda vai precisar de 2 mil toneladas anuais para manter a capacidade máxima.





Frigorífico paranaense é o primeiro a conseguir chancela sanitária dada por consórcio.




“Vai precisar de muita gente produzindo peixe para poder atender a demanda do frigorífico”, anunciou o proprietário. Ele tem feito convite para que os vizinhos conheçam o empreendimento e se entusiasmem com a ideia de produzir peixes. “É oportunidade para duas, três, quatro ou até mais dezenas de produtores, oportunidade para produzir alevinos, produzir juvenis, para transporte de peixe vivo, enfim, abre oportunidade para uma grande quantidade de pessoas lidarem com essas produções.”


 

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