O primeiro levantamento de dados do mercado avícola na segunda semana de janeiro demonstra queda no preço da ave viva.
Um dos fatores que pode ter influênciado na cotação atual seria o alto volume disponibilizado de aves no mercado por empresas independentes e integradas e que traria um desequíbrio entre oferta e demanda e com isso acarretaria na queda do preço.
Ainda segundo o levantamento, o valor atual da ave está positivo em 14% em relação ao mesmo período do ano passado.
Segundo pesquisadores do Cepea/Esalq, os preços do frango devem continuar firmes em 2022, tendo como suporte a provável manutenção do ritmo aquecido das vendas da carne aos mercados doméstico e externo.
Uma preocupação dão os custos de produção, sobretudo os relacionados à alimentação (milho e farelo de soja), que devem continuar altos, o que, por sua vez, tende a ser repassado aos valores de venda do animal vivo e, consequentemente, da proteína.
MILHO E SOJA
Na primeira semana de janeiro, tanto a soja, quanto o milho tiveram alta significativa de preços, o que afeta diretamente os custos de produção de proteína animal.
Segundo pesquisadores do Cepea, a temporada brasileira de milho já iniciou com preços internos acima da média histórica.
A análise do instituto é de que no primeiro semestre, os baixos estoques e a demanda firme podem limitar a possibilidade de quedas expressivas nas cotações, ao passo que, na segunda metade do ano, pode haver certa pressão sobre os valores, caso se consolidem as projeções de oferta de segunda safra elevada.
Para a soja, mesmo em ano de produção recorde, a maior demanda deve sustentar preços.
A temporada de soja se iniciou com otimismo e a expectativa é de oferta recorde, mas também de demandas interna e externa aquecidas.