12/01/2022 às 09h19min - Atualizada em 12/01/2022 às 09h19min
Brasil exporta mais carne suína em janeiro, porém o preço da tonelada de suíno recua 11,32% em relação a 2021
Um dos motivos da queda foi a diminuição das compras por parte da China
Redação com assessoria
Ministério da Economia / Cepea / Suisite
AEN PR -
O ministério da Economia divulgou recentemente os primeiros dados da Balança Comercial e indicando a possibilidade de excelente desempenho na exportação de carne suína no mês de janeiro.
Segundo o relatório, o volume de embarques realizados nos primeiros cinco dias de janeiro projetam volume de 83,1 mil toneladas para janeiro que, se alcançado, significará aumento de 49% sobre janeiro do ano passado.
A receita auferida até o momento sugere que pode atingir quase 181,3 milhões, equivalendo a aumento levemente acima dos 32%, porém o valor obtido com a tonelada da carne é menor que em janeiro de 2021.
Um fator de preocupação é o preço pago pela tonelada, que é de US$ 2180,839 em janeiro, o que representa um retrocesso de 11,32% em relação ao praticado em janeiro de 2021. Na comparação com a semana anterior, O resultado, frente ao valor atingido na semana anterior, ( 3 a 7 de janeiro) o preço atual representa baixa de 2,5%.
CHINA DIMINUI CONSIDERAVELMENTE AS COMPRAS
Segundo as informações da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Governo Federal, divulgadas esta semana, a China se afastou do mercado de carne suína fresca, congelada ou resfriada na primeira semana de janeiro.
Um dos motivos deste afastamento das compras de carne suína pelos chineses é a recomposição de seus plantéis.
Ainda segundo a Secex, até o momento a receita obtida com as exportações de carne suína em janeiro/22 foi de US$ 43.158,023, o que representa 31,45% do montante obtido em todo janeiro de 2021.
Em se tratando de exportação por toneladas. na média diária, foram 3.957,9272, houve avanço de 41,86% no comparativo com o mesmo mês de 2021.
2022 SERÁ UM ANO DESAFIADOR PARA A SUINOCULTURA BRASILEIRA
Segundo informações do Cepea, as expectativas são de crescimentos nas vendas externas e internas de carne suína. No entanto, o cenário de incertezas tanto no Brasil quanto no mundo deve limitar esse avanço no setor neste ano, além de possivelmente resultar em forte volatilidade nos preços da cadeia.
No lado produtivo, os custos de produção tendem a se manter elevados e seguir pressionando as margens da atividade.
