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Avicultores da região de Lucas do Rio Verde (MT) e que alojam pintainhos para a BRF decidiram em assembleia paralisar os alojamentos de pintainhos para engorda e abates a partir da próxima segunda-feira.
A principal reivindicação dos produtores é o reajuste de preços devido ao aumento de custos, conforme associação local.
Com aumento nas despesas operacionais das granjas, como combustíveis e energia elétrica, os integrados solicitam elevação de 10% a 12% no preço pago pelo animal, disse à Reuters o diretor executivo da Associação de Produtores de Proteína Animal (Appa), Pablo Artifon, que também coordena a comissão municipal Cadec, responsável pelas negociações entre o setor produtivo e a companhia.
Segundo ele, os custos que estão pesando mais são os operacionais, já que a ração é fornecida pela BRF.
Porém nos ultimos meses custos como energia elétrica foram reajustados e além disso a Aneel autorizou a aplicação da bandeira vermelha na tarifa da energia, isso tudo devido a crise hídrica que o país atravessa. Sem chuvas e com as represas com baixo volume de água, as consecionárias alegam que produzir energia está mais caro.
O diesel também foi apontado como outro vilão nos custos operacionais das granjas.
Frigoríficos alegam dificuldade devido ao custo de grãos
Os frigoríficos que agregam os pintinhos e fornecem a ração estão enfrentando um momento bem dificil já que os custos com aquisição dos insumos como milho e soja utilizados na fabricação das rações praticamente dobrou de preço nos ultimos 12 meses.
A situação obrigou alguns frigoríficos a diminuir em cerca de 30% a quantidade de pintainhos alojados nas granjas. Que segundo este não tem conseguido repassar o aumento dos insumos alimentares das aves ao consumidor final.