Em vários estados os produtores de suíno tem amargado prejuízos devido aos altos custos de produção da atividade. De acordo com o presidente da Associação de Criadoes de Suínos do Rio Grande do Sul (Acsurs), Valdecir Folador, o preço do animal no mercado hoje é de R$ 6,32/kg, e o custo de produção estimado é de R$ 7,00/kg a R$ 7,10/kg. Isso faz com que atualmente o suinocultor gaúcho tenha uma perda de cerca de R$ 100,00 por animal vendido no mercado independente.
"Ainda que o custo esteja em patamar muito maior que o preço de venda, os suinocultores estão vendendo dentro da normalidade, em quantidade e peso normal, porque sabem que se venderem muitos animais mais leves, vai haver mais pressão de baixa", disse.
A expectativa do produtor é que com a virada do mês, entrada da massa salarial e queda nas temperaturas, a demanda no mercado interno melhore e ajude a melhorar os preços para, pelo menos, "empatar com os custos de produção.
Segundo a Embrapa o custo por quilo vivo de suíno produzido em sistema de ciclo completo em Santa Catarina subiu R$ 0,16 entre março e abril, chegando a R$ 7,03. Também é a primeira vez que o custo de produção por quilo de suíno vivo fica acima dos sete reais.
A alimentação dos animais impactou em 82,11% os custos totais de produção de suínos. Deste porcentual, o milho participou com 46,88%, o farelo de soja com 25,37%, os núcleos vitamínico-minerais (premix) com 8,3% e o farelo de trigo com 1,55%.