Os preços do milho seguem renovando os patamares recordes na maior parte das regiões acompanhadas pelo Cepea.
Em importantes praças produtoras, o valor do cereal nesta parcial de abril já representa o dobro da média verificada no mesmo mês de 2020. Pesquisadores do Cepea indicam que as contínuas altas estão atreladas à baixa oferta do milho no spot nacional.
Preocupados com os possíveis impactos do clima sobre a produção da segunda safra, produtores limitam as vendas. Consumidores, por sua vez, estão preocupados com os atuais patamares – que extrapolam os custos de produção em muitos casos.
Os compradores que precisam recompor estoques têm tido dificuldades em encontrar novos lotes e os que conseguem se esbarram nos elevados preços negociados.
Segundo a Consultoria TF Agroeconômica, o mercado está confirmando a escassez de que vínhamos falando desde o final do ano passado, ignorando totalmente o relatório mensal Conab (Companhia Nacional de Abastecimento). “Hoje soubemos em primeira mão que a JBS está começando a importar milho da Argentina, que confirma não somente a escassez, mas a possibilidade de elevação de preço”, apontam os analistas de mercado.
“Como faltam ainda dois meses antes do início da colheita e disponibilidade da nossa Safrinha, é possível que os preços se elevem ainda mais, embora usando de cautela, diante dos níveis elevados em que se encontram”, acrescentam.