No mês de março as exportações brasileiras de carne bovina in natura voltaram a somar volume significativo, nosso maior comprador continua sendo a China.
De acordo com pesquisadores do Cepea, a forte recuperação das vendas externas em março pode estar atrelada aos novos surtos de Peste Suína Africana (PSA) registrados na China e também ao retorno das compras daquele país, depois do Ano Novo Chinês, comemorado em fevereiro.
Dados apresentados pela Secex apontam que, em março, foram embarcadas 133,8 mil toneladas da proteína in natura, 31% a mais que em fevereiro e 6,27% acima da quantidade de março de 2020. Trata-se, também, de volume recorde para um mês de março, considerando-se a série histórica da Secretaria, iniciada em 1997.
Assim como as exportações, os preços do boi gordo, do bezerro e da carne também atingiram recordes em março e seguem firmes neste começo de abril. Além da demanda externa aquecida, os valores do Brasil são sustentados pela baixa oferta de animais prontos para o abate.
PREÇO DA ARROBA
Nas praças paulistas, segundo a Scot Consultoria, o cenário foi de estabilidade no fechamento da última quarta-feira (7/4), na comparação diária.
O boi gordo que atende ao mercado interno foi negociado em R$317,00/@, preço bruto e a prazo. A vaca e a novilha gordas ficaram cotadas em R$289,00/@ e R$305,00/@, respectivamente, preços brutos e a prazo.
Para animais que atendem à demanda externa, os negócios ocorrem por volta de R$320,00/@, preço bruto e à vista.
Já na região Sudoeste de Mato Grosso, a oferta enxuta de gado terminado resultou em alta de R$1,00/@ nas cotações do boi gordo, vaca gorda e novilha gorda.
Dessa forma, o boi gordo foi negociado em R$303,00/@ e a vaca e novilha gordas ficaram cotadas em R$292,00/@ e R$296,00/@, respectivamente, preços brutos e a prazo.