05/04/2021 às 09h13min - Atualizada em 05/04/2021 às 09h13min

Confira o desempenho do frango na úlima semana de março/21

O preço do frango vivo está estável fechando R$4,70/kg, segundo especialistas o custo de produção beira a R$4,89/kg.

Redação com assessoria
Avisite / Embrapa Suínos e Aves
Notícias nada animadoras para os avicultores de todo Brasil. O frango encerrou o mês de março cotado a um valor inferior ao de abertura do mês, e iniciou abril valendo 2,21% menos que em março.

Segundo o Avisite, neste mês, o que deve chamar a atenção de analistas econômicos e sobretudo dos grandes meios de comunicação é a variação anual de preços obtida tanto pelo frango abatido como pelo frango vivo. Que, no caso do abatido – e consideradas apenas as negociações do dia primeiro – gira em torno de 50% e, para o frango vivo (dois dias de negociações, 1 e 3), já supera os 60%.

Neste caso, poucos irão lembrar que, um ano atrás, no primeiro ato de isolamento social imposto pela pandemia, os preços do frango retrocederam a um dos mais baixos níveis da década. Ou seja: os índice são altos porque as bases são baixas. E como caem ainda mais no decorrer do mês (para o frango abatido, o fundo do poço foi registrado em maio), as diferenças irão aumentar com o avançar do mês.

Ainda segundo os especialistas, o que se observou é que a chegada da Páscoa não apresentou qualquer alteração na comercialização do frango abatido, que apenas deu breves sinais de estabilização entre o final de um mês e o início de outro.

O mercado espera uma retomada nas vendas para essa semana, já que começa a ser pago o salário dos trabalhadores.

Cotação e Custos de produção


O preço do frango vivo está em R$4,70/kg, esse valor está a trinta dias sem alteração. 

Quanto aos custos de produção, a Embrapa Suínos e Aves apontava que em fevereiro os valores já chegavam a R$4,89/kg. 

Como sabemos, os insumos vem aumentando de preço diariamente e a tendência é de aumentar ainda mais, já que os agentes internacionais vem comprando todo milho e soja disponivéis no mercado.

Pode faltar milho no Brasil


Além de altos preços dos grãos, o Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Estado do Paraná – Sindiavipar vem alertando as autoridades governamentais brasileiras sobre a necessidade da adoção de medidas com o objetivo de evitar que haja escassez de milho no país. As medidas seriam de curto, médio e longo prazo visando a importação rápida do grão quando necessária e o aumento da produção nacional e armazenagem para as próximas safras.

Se o cenário de desabastecimento do grão se confirmar, os produtores de aves e suínos seriam diretamente impactados, já que o milho é um dos principais componentes da ração dos animais. Com isso, a indústria de alimentos terá que avaliar a necessidade de reduzir o abate e o alojamento, pois a produção passa a ser muito cara e incerta. “Mas esta medida não é do setor, e sim de cada empresa que desejar adotá-la. Se as empresas optarem por ela, é possível que gere desemprego e diminua o poder aquisitivo do consumidor, e nós como produtores, estamos preocupados com a população”, alerta o presidente do Sindiavipar, Irineo da Costa Rodrigues.

Vale lembrar que para o mercado a possível escasses do milho levará a novos aumentos no preço do grão, tornando o equilibrio dos custos de produção na avicultura cada vez mais distantes do azul no fim do mês.




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